Haifa, a terceira maior cidade de Israel e o principal centro industrial do país, teve ontem menos sorte do que na véspera, quando foi atacada pela primeira vez: oito dos seus habitantes perderam a vida e outros 25 ficaram feridos quando rockets do Hezbollah atingiram a estação de comboios da cidade, o que eleva para dez o número de civis israelitas mortos desde o início da ofensiva, na última quarta-feira.
O ataque a Haifa levou Israel a intensificar os seus bombardeamentos contra alvos libaneses, na sua maioria civis. Aliás, o primeiro-ministro israelita Ehud Olmert considerou, de imediato, que o ataque a Haifa fora o pior desde que começou a ofensiva e que iria ter "graves consequências".
Por seu turno, o brigadeiro-general Yuval Helmish, dos serviços secretos militares israelitas, disse que desde a operação "Vinhas da Ira", em Abril de 1996, o Hezbollah conseguiu armazenar dez mil rockets, alguns dos quais têm um alcance superior a 70 quilómetros, o que põe os arredores de Telavive ao seu alcance. Helmish adiantou que o grupo xiita terá disseminado os referidos rockets em aldeias e cidades do Sul do Líbano.
Os bombardeamentos das forças israelitas, ao longo de todo o dia de ontem e de acordo com um balanço provisório, provocaram 39 mortos e 106 feridos, todos civis e que, na sua maioria, ficaram presos sob os escombros das suas habitações ou dos locais onde tinham procurado refúgio. Um número significativo de crianças encontra-se entre as vítimas e os feridos.
Por fazer está o balanço das vítimas registadas nos arredores sul de Beirute, bastião do Hezbollah (grupo xiita), que tem sido duramente bombardeado pela aviação israelita desde sábado e onde a destruição é considerável. Excepção feita a um grupo de cidadãos estrangeiros, neste caso canadianos, que pereceram nos ataques israelitas, como ontem revelou o Governo de Otava.
Um dos alvos atingidos pelas forças israelitas foi o canal de televisão do Hezbollah, Al-Manar, o que não impediu que, ao fim do dia, fosse transmitida uma mensagem do xeque Hassan Nasrallah, líder do Partido de Deus. Nessa mensagem, anteriormente gravada, Nasrallah afirmou que a luta está apenas "no início. Prometemos-lhes [aos israelitas] surpresas."
"Enquanto o inimigo prosseguir a sua agressão sem limites nem fronteiras, nós prosseguiremos o confronto sem limites e sem fronteiras. O inimigo não conhece as nossas capacidades ou o que temos", disse Nasrallah, que alertou Israel para não tentar fazer um avanço terrestre no País do Cedro. No entanto, circulavam ontem notícias de que Israel já teria, pelo menos, um comando no interior do Líbano.
Um ataque à maior refinaria petrolífera, em Haifa, poderá ocorrer se as forças israelitas continuarem a bombardear Beirute, afirmava o comunicado do Hezbollah lido ontem pelos jornalistas da Al-Manara. Na origem desta crise e espiral de violência está o sequestro, quarta- -feira, de dois soldados israelitas por um comando do Hezbollah. Telavive afir
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2 Comments:
A foto é linda!
Um abraço amigo e até breve!
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Haifa, a terceira maior cidade de Israel e o principal centro industrial do país, teve ontem menos sorte do que na véspera, quando foi atacada pela primeira vez: oito dos seus habitantes perderam a vida e outros 25 ficaram feridos quando rockets do Hezbollah atingiram a estação de comboios da cidade, o que eleva para dez o número de civis israelitas mortos desde o início da ofensiva, na última quarta-feira.
O ataque a Haifa levou Israel a intensificar os seus bombardeamentos contra alvos libaneses, na sua maioria civis. Aliás, o primeiro-ministro israelita Ehud Olmert considerou, de imediato, que o ataque a Haifa fora o pior desde que começou a ofensiva e que iria ter "graves consequências".
Por seu turno, o brigadeiro-general Yuval Helmish, dos serviços secretos militares israelitas, disse que desde a operação "Vinhas da Ira", em Abril de 1996, o Hezbollah conseguiu armazenar dez mil rockets, alguns dos quais têm um alcance superior a 70 quilómetros, o que põe os arredores de Telavive ao seu alcance. Helmish adiantou que o grupo xiita terá disseminado os referidos rockets em aldeias e cidades do Sul do Líbano.
Os bombardeamentos das forças israelitas, ao longo de todo o dia de ontem e de acordo com um balanço provisório, provocaram 39 mortos e 106 feridos, todos civis e que, na sua maioria, ficaram presos sob os escombros das suas habitações ou dos locais onde tinham procurado refúgio. Um número significativo de crianças encontra-se entre as vítimas e os feridos.
Por fazer está o balanço das vítimas registadas nos arredores sul de Beirute, bastião do Hezbollah (grupo xiita), que tem sido duramente bombardeado pela aviação israelita desde sábado e onde a destruição é considerável. Excepção feita a um grupo de cidadãos estrangeiros, neste caso canadianos, que pereceram nos ataques israelitas, como ontem revelou o Governo de Otava.
Um dos alvos atingidos pelas forças israelitas foi o canal de televisão do Hezbollah, Al-Manar, o que não impediu que, ao fim do dia, fosse transmitida uma mensagem do xeque Hassan Nasrallah, líder do Partido de Deus. Nessa mensagem, anteriormente gravada, Nasrallah afirmou que a luta está apenas "no início. Prometemos-lhes [aos israelitas] surpresas."
"Enquanto o inimigo prosseguir a sua agressão sem limites nem fronteiras, nós prosseguiremos o confronto sem limites e sem fronteiras. O inimigo não conhece as nossas capacidades ou o que temos", disse Nasrallah, que alertou Israel para não tentar fazer um avanço terrestre no País do Cedro. No entanto, circulavam ontem notícias de que Israel já teria, pelo menos, um comando no interior do Líbano.
Um ataque à maior refinaria petrolífera, em Haifa, poderá ocorrer se as forças israelitas continuarem a bombardear Beirute, afirmava o comunicado do Hezbollah lido ontem pelos jornalistas da Al-Manara.
Na origem desta crise e espiral de violência está o sequestro, quarta- -feira, de dois soldados israelitas por um comando do Hezbollah. Telavive afir
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